sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Flashback Viola no Paletó - Paulo Diniz






"Minha gente eu vim de longe
Estou aqui cansado e só
Tenho muito pra contar
Do que vi, por onde andei
Das estradas dos caminhos
Dos lugares que passei..."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Charro Sendero - Marina Branquinho - Café do Buk

 


Charro Sendero
Ele me encontrou
Declamando poesias
Então me chamou
Pra ser sua companhia
Num grupo de gente
Afetuosa
Inteligente
Generosa
Gente
Carente
Gente inocente
Gente forte
Gente de sorte
Gente que ama
Erra-se engana
Gente como a gente
Que não importa o que invente
Brinca, troca
Retoca
Acolhe com carinho.
Luxúria virou outro lar
Onde se pode amar
Chorar, rir, brincar
Ir e voltar
Acertar, errar
Flertar
Bobagens falar
Em tudo de bom acreditar.
E nesse caminho
De flores, mato e passarinho
Virei Queen, que carinho!
Marina Branquinho

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Eu te amo - Chico Buarque e Tom Jobim - Luxúria Cult

 



Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

Chico Buarque e Tom Jobim
Post Rosângela Lopes

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Coração Louco - Crazy Heart (Aquiles Castro)








Amado ou odiado

abençoado ou não

passei pelo fogo

tentando chegar até você...

Bem alto,

voando com whisky em minha mente

tentando chegar tá você...

Fiz e fui até onde não podia,

sendo quem não queria ser...

o tempo me atinge e minha coluna paga o preço!

Uma voz sempre diz que estou errado

E quando escuto a sua

te sinto nua...

estou certo

quero você aqui bem perto!!!

Eu não sei se o futuro é o mesmo pra sempre,

sempre é futuro

sempre é

incerto... não tenho muito a te mostrar

eu podia escrever uma música

eu podia escrever uma carta

ou um livro, mas eu não sei...

Engraçado como voar parece cair mesmo que por um tempinho...
Homenagem a um dos melhores filmes que assisti em minha vida:

CRAZY HEART

Aquiles Castro


Direção de Arte  Charro Sendero

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Conto Erótico - Eloisa Prado (Café do Buk Original)






Durante todo o dia imaginei esse encontro, foi quase um planejamento, e eu me vesti pra isso. Eu sabia que te encontraria, eu te busquei em olhares, em sorrisos, em um tom de voz e até mesmo no andar despretensioso.
E ali, naquele estacionamento te encontrei.

Presa fácil! Descuidado e sentado ao volante com o carro desligado.
Apesar de ser noite, a luz refletia em seu rosto destacando uma barba perfeita, cerrada e bem delineada que fazia o contorno suave na sua boca, cabelos bagunçados, sua pele era de um tom dourado.
Observei suas mãos que suavemente deslizavam pelo vidro da janela enquanto finalizava uma ligação.

Eu me aproximei, decidida de que;
Hoje eu escolhi você. Hoje te fiz minha opção.

As marcas que me foram deixadas pelo tempo, agora não importam. Prefiro imaginar as marcas que você em pouco tempo deixarás em mim.

Quero-te apenas hoje e por alguns instantes.

Não quero saber seu nome e nem de onde vem, quero agora que me leve por caminhos esquecidos e que só podem ser trilhados por meio de prazer.
Quero que me deseje e que me possua. Hoje, e somente por hoje eu me deixarei ser sua.

Pela porta carona eu entro, no meu traje gabardine vermelho que encobre apenas a lingerie preta de renda mesclada com cetim.
Você de sobressalto me olha assustado. Percebo que sua expressão muda imediatamente ao encontrar com seus olhos, os meus.
Fita com os olhos minha boca entreaberta e com os lábios vermelhos, contempla meu olhar e entende que minha boca pede a sua.

Minhas mãos lentamente abrem os botões do casaco deixando agora os seios, a mostra.

Você, de imediato enuncia resposta.
Meu corpo enquanto obra de arte te proíbe o toque. Você tenta mais uma vez, eu recuso, desvio e me excedo. Mas, ao tocar com sua mão quente entre minhas coxas, covardemente, cedo.

Meu corpo agora é como beija flor, e meu êxtase está em voo.
Seus dedos dedilham os pequenos e grandes lábios da minha bucet@ como se tocassem em pétalas.
Sua boca sedenta e voraz encaixa perfeitamente e com vontade a aureola inteira do meu seio, e reveza de um para outro como se sua boca e língua pela primeira vez provassem o gosto do mais doce mel.

Seus dedos entram em mim e eu maldigo-te, me contorço e sinto que conquistei naquele momento a paz com a guerra que dessa vez, não lutei.
Apenas me entreguei me deixei vencer e gozei.

Por todo esse tempo matei vontades, hoje te respiro em desejos.

Abro meus olhos com seus dedos em minha boca, aqueles mesmos que adentraram ao ponto G.
Percebo agora que estás pronto. Ainda ardendo em vontade eu sento em você. A entrada é lenta e gera espasmos de prazer, eu deslizo com um encaixe perfeito e como se quisesse sentir cada pedacinho seu repito isso por algumas vezes.

Em seguida aumento o ritmo, subindo e descendo com vontade, gosto de te sentir em mim.
É na sua expressão facial que encontro o caminho que eu buscava, e nesse frenesi você reage, enchendo de você em mim.

Acabou-se o instante, objetivo concluído. Um beijo demorado nem uma palavra e cada um para o seu lado.

Eu, ainda sinto o pulsar daquele instante em que me permiti, ser eu.

Eloisa Prado

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Dia de Festa no Luxúria Cult - Cantos novos - Frederico Garcia Lorca

Diz a tarde: “Tenho sede de sombra!"
Diz a lua: “Eu, sede de luzeiros.”
A fonte cristalina pede lábios
e suspira o vento.

Eu tenho sede de aromas e de sorrisos,
sede de cantares novos
sem luas e sem lírios,
e sem amores mortos.

Um cantar de manhã que estremeça
os remansos quietos
do porvir. E encha de esperança
suas ondas e seus lodaçais.

Um cantar luminoso e repousado
cheio de pensamento,
virginal de tristezas e de angústias
e virginal de sonhos.

Cantar sem carne lírica que encha
de risos o silêncio
(um bando de pombas cegas
lançadas ao mistério)

Cantar que vá à alma das coisas
e à alma dos ventos
e que descanse por fim na alegria
do coração eterno.

Frederico Garcia Lorca




segunda-feira, 12 de outubro de 2020

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Luxúria - Contos, poemas e poesia


                     Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como num segredo.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

A Máscara ou Persona? Charro Sendero


O Termo Persona em sua origem significava máscara utilizada pelo ator no momento em que atuava numa peça teatral.
Na Psicologia Analítica de Carl Jung o modelo Persona dá ao sujeito a possibilidade de criar um personagem que pode não ser de fato ele mesmo.
Este modelo de Persona, nada mais é do que o rosto ou o papel público que - acreditamos - ser uma boa apresentação para os outros.
A Persona é - uma de nossas vontades - que demonstra para os outros, nossa parte mais aceitável para cada ambiente.
No entanto, por trás dessas máscaras, existem vários roteiros. Nenhum deles, escrito por nós.
A máscara de uma persona é o que resta para a sobrevivência humana. Os que se acham espertos, vivem querendo mostrar o quanto são bons, justos e fiéis. Eles não usam máscaras, porque não existe face para mostrar. São energias estagnadas. Apenas um molde mal acabado vindo da soleira do mundo espiritual.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Por que esta agonía no tiene fin...


Quiero ser de ti 
solo de ti dama 
en la calle Put@ 
en tu cuerpo sumisa 
de tus deseos 
amante en tu pensamiento 
Quiero ser tuya 
de ti de tus ganas 
de tu manera en que me atrapas 
de la saciedad que desatas 
en mi sangre, en la piel, 
pasión, celos, amor, deseo... 
que no controlo 
que sólo imploro 
perderme entre tu cuerpo 
entre suspiros, 
entre tus besos, 
Tú mi templo, 
tú mi refugio 
tú mi sudor, tú mis gemidos
Quiero ser,solo de ti tuya, 
solo tuya, ser la mujer, 
la cómplice, 
La que te desnuda. 
La que se vuelve un manso cordero 
entre tus brazos, 
donde me pierdo tú, 
mi maestro yo, 
tu amada alumna 
experto amante que me enseňes 
el nuevo arte de las caricias ocultas, 
desconocidas 
Tú vida, mi vida, mi aliento, 
mi sol , mi insaciable amor 
Quiero ser tuya sólo de ti 
por que esta agonía no tiene fin... 

Veronica Linares Salazar