"Minha gente eu vim de longe Estou aqui cansado e só Tenho muito pra contar Do que vi, por onde andei Das estradas dos caminhos Dos lugares que passei..."
Charro Sendero Ele me encontrou Declamando poesias Então me chamou Pra ser sua companhia Num grupo de gente Afetuosa Inteligente Generosa Gente Carente Gente inocente Gente forte Gente de sorte Gente que ama Erra-se engana Gente como a gente Que não importa o que invente Brinca, troca Retoca Acolhe com carinho. Luxúria virou outro lar Onde se pode amar Chorar, rir, brincar Ir e voltar Acertar, errar Flertar Bobagens falar Em tudo de bom acreditar. E nesse caminho De flores, mato e passarinho Virei Queen, que carinho!
Ah, se já perdemos a noção da hora Se juntos já jogamos tudo fora Me conta agora como hei de partir Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios Rompi com o mundo, queimei meus navios Me diz pra onde é que inda posso ir Se nós, nas travessuras das noites eternas Já confundimos tanto as nossas pernas Diz com que pernas eu devo seguir Se entornaste a nossa sorte pelo chão Se na bagunça do teu coração Meu sangue errou de veia e se perdeu Como, se na desordem do armário embutido Meu paletó enlaça o teu vestido E o meu sapato inda pisa no teu Como, se nos amamos feito dois pagãos Teus seios inda estão nas minhas mãos Me explica com que cara eu vou sair Não, acho que estás te fazendo de tonta Te dei meus olhos pra tomares conta Agora conta como hei de partir