sexta-feira, 28 de julho de 2023

O Rock Rural por Flávio Landau



Os carros por si só têm maior ou menor valor. Mas os veículos também podem ter conotações parecidas
com as de bolsas, carteiras e outras coisas do gênero.
Um caso peculiar para os músicos, que talvez seja inusitado para outras pessoas,
é que diversos instrumentistas devem preferir que roubassem seus carros aos seus instrumentos
e equipamentos que por ventura estivessem dentro deles, o que torna o valor do veículo secundário
à sua carga.
Traduzindo: Basta imaginar um carro normal com uma mala de um milhão de dólares no interior... (risos)
Ainda no tocante aos carros e conforme devem ter notado, o cantor e compositor Flávio Roberto Landau
adicionou o nome de um dos automóveis mais famosos ao seu nome artístico e sua paixão pelos automotores
já está mais do que consagrada e reconhecida, o maior exemplo disso foi a trilha sonora que fez para o quadro
Lata Velha do extinto Caldeirão do Luciano Huck na Rede Globo.
 Mas suas semelhanças com os veículos de quatro rodas não param por aí, Landau também roda muitas e muitas
milhas tocando pelo Brasil afora e também internacionalmente (quando desta entrevista ele estava numa turnê
em Cancun no México) e, pode-se dizer que assim como o espaçoso carro de mesmo nome, ele já carrega muita
bagagem, mas muita bagagem musical, mesmo!
Sua mais recente peripécia nesta área foi a produção de um extenso texto e posteriormente a de um vídeo onde
narra a história do Rock Rural brasileiro que vem desde a jovem guarda até hoje. Nesse documentário, Landau
esboça conexões muito interessantes misturando Bob Dylan com Sérgio Reis traçando paralelos entre diversos
artistas, estilos e movimentos musicais, pelos quais o Brasil e o mundo vieram passando desde a última metade
do século XX até hoje!
Confesso que tentei contar todas as citações constantes no vídeo, mas apesar de tê-lo assistido várias vezes, eram
tantas que não consegui! (risos...) Mas uma das coisas mais interessantes
é que Landau realizou esta iniciativa com recursos próprios e sem nenhum
vislumbre de lucro financeiro.
Um amplo conteúdo histórico, artístico e musical foi compilado e colocado de forma muito didática no documentário,
que teve inúmeras ilustrações em imagem e som acrescidas, foi muito bem produzido e tudo isso pelo simples fato do
desejo de contribuir para o conhecimento sobre esta música. Muito bom, né!?
Basicamente um contador de histórias (singularidade típica dos roqueiros rurais) contando a história de tantos outros
contadores e cantadores de histórias!